terça-feira, 3 de setembro de 2013

Mordidas na escola.O que fazer?

                Enquanto ainda não sabem falar com desenvoltura, as crianças utilizam outros meios para se expressar e para se comunicar. A mordida é uma delas.
               O que a criança deseja ao morder um amiguinho não é agredi-lo, mas sim obter de forma rápida algum objeto ou chamar atenção.
               A fase oral - assim denominada pelo pai da psicanálise, Sigmund Freud - é uma etapa do desenvolvimento que vai do nascimento até por volta de dois anos de idade. Nessa fase, é comum vermos crianças dando mordidas ao primeiro sinal de estresse. Este é um dos  mais importantes e mais primitivo estágio do desenvolvimento infantil, quando a criança ainda é egocêntrica, ou seja, acredita que o mundo funciona e existe por sua causa.
              Especialistas afirmam que o adulto deve mostrar à criança que a linguagem é a forma certa de se obter as coisas. O papel do adulto é transformar a atitude corporal em uma atitude mediada pela linguagem. Esse é um grande objetivo da educação, tanto na escola quanto em casa. Quando esse ensinamento não é dado logo cedo, as crianças crescem e mantém as atitudes corporais para conseguir o que querem.
             A mordida é sempre uma situação difícil para os pais de ambas as crianças. Os pais da criança mordedora sentem-se envergonhados e os pais da criança mordida ficam chateados pelo machucado do filho. Cabe à escola mediar as relações entre as crianças e seus familiares para minimizar os sentimentos negativos e criar situações para estabelecer limites, mostrando a importância do respeito e do tratar bem o amigo que ficou triste por ter sido machucado.
            Os pais não devem aceitar a ocorrência da mordida como uma coisa rotineira. O ideal é procurar a equipe diretiva da escola , dizer que isso não pode acontecer e procurar entender o que houve para gerar essa situação.
            A criança mordida deve ser acolhida e incentivada a expressar seu descontentamento, porém nunca deve ser incentivada a revidar, ou seja, a morder também.
            Apesar de, na maioria das vezes, a mordida fazer parte do desenvolvimento natural da criança, em alguns casos, este comportamento pode sinalizar um problema de ordem emocional, a criança pode estar insatisfeita, ansiosa, com sentimento de rejeição ou tentar chamar a atenção através da agressividade. Quando isso acontece, a família e a escola precisam acompanhar de perto e com atenção para descobrir as possíveis causas e dependendo do caso, é importante buscar a ajuda de um psicólogo.


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